quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Porque usamos estatuas para rezar?

Que católico nunca foi colocado contra a parede e acusado de "adorar imagens"?
A passagem mais utilizada para o "ataque" é a seguinte:
Não terás outros deuses diante de minha face. Não farás para ti escultura, nem figura alguma do que está em cima, nos céus, ou embaixo, sobre a terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. (Ex 20:3-5)
Opa, vamos com calma... Não adianta (nem é certo ou honesto) isolar um trecho do texto e esquecer de todo o contexto, porque quase sempre a real mensagem fica distorcida (aprendemos isso nas aulas de português do ensino fundamental, certo?)

Agora, vamos analisar o contexto da passagem Ex 20:3-5. 
Na época do Antigo Testamento. A proibição era, então, absolutamente necessária, mas perdeu o seu sentido quando o Velho deu lugar ao Novo Testamento. Como assim? grande parte do povo hebreu, que vivenciou o Êxodo era idólatra. A crença em Deus não impediu que a religião de outros povos com os quais eles entraram em contato, os influenciasse. Isso fica muito claro, quando vemos que eles prestaram culto a outros ídolos (o bezerro de ouro, e depois os baals).
Ou seja, O Deus de Abraão, Isaac e Jacó, era só mais um em meio aos outros tantos que também adoravam.
Deus não podia deixar  a situação continuar do jeito que estava, para tanto, faz a recomendação que é utilizada contra nós.

Contudo, Deus finalmente veio a terra e nos mostrou a Sua face.
"Assim, não podemos compreender a Bíblia sem considerar a Tradição da Igreja, que, desde os primeiros séculos, entendeu que os ícones que representavam o Senhor, Maria e os santos exprimiam de forma legítima a fé e a esperança do nosso povo. Não custa lembrar o óbvio: a proibição do culto às imagens está diretamente relacionada ao combate à adoração de outros deuses. Por isso, o mandamento que condena a idolatria não se aplica no caso das imagens católicas, já que estas nos remetem à glória do próprio Cristo. Os ícones católicos nos testemunham sobre a vida de personagens reais e históricos (e não imaginários, como os ídolos), que dedicaram sua vida ao Senhor." Fonte: http://ocatequista.com.br

A relação dos católicos com as imagens de Jesus e dos santos é comparável à que qualquer pessoa tem com a fotografia das pessoas amadas. Qualquer pessoa que olha a foto de alguém importante para nós, a afeição se projeta. Colocamos, com carinho a foto na carteira ou em algum lugar de destaque na sala. 
Vamos imaginar uma situação: Você com saudades de um parente que não ver a muito tempo, pega pega algumas fotos da pessoa, as olha com carinho e saudade e até beija o papel. Será que alguém vai chegar ao ver a cena e dizer: "Idólatra, só Deus que merece adoração, tá na bíblia!!!"
E se essa pessoa revoltada por você estar "adorando" a foto, se irrita e rasga a foto? É claro, que a pessoa da foto não sofrerá um arranhão sequer porque a foto foi rasgada. Se ela pisotear a foto, é certo que seu parente não será pisoteado.
Mas, você se sentiria bem se isso acontecesse?  Certamente não ficaríamos muito felizes.

A Igreja Católica sempre ensinou que só devemos adoração ao Deus trino e que ninguém é maior que Ele, mas desde o Antigo Testamento o próprio Deus ordenou ou permitiu a instituição das imagens, como por exemplo a serpente de bronze (Nm 21,4-9; Sb 16,5-14; Jo3,14-15), a arca da Aliança e os querubins (Ex 25,10-22; 1Rs 6,23-28). Estas imagens são diferentes daquelas que foram proibidas no livro de êxodo. As imagens que utilizamos, são apenas sinais, os católicos conhecem a fé que professam, sabem que as estátuas não tem poder, mas são representações da grandeza e do amor de Deus por nós.

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